Moradores de bairro Centro-Sul criam medidas a serem cobradas da PBH

Data de publicação

Moradores dos bairros Santo Antônio, Luxemburgo, Lourdes,Belvedere e Santo Agostinho, na região centro-sul de Belo Horizonte, se reuniram na tarde desta sexta-feira (31) para discutir medidas a serem cobradas na Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), depois que chuva da última quarta-feira trouxe estragos aos bairros.

"Vamos fazer um documento com as propostas apresentadas aqui e levar na próxima quinta-feira para uma audiência com o prefeito Alexandre Kalil", disse o presente da Associação Comunitária da Praça Marília de Dirceu e Adjacências do Bairro de Lourdes (Amalou), Jeferson Rios Domingues. 

Entre as propostas apresentadas no auditório da faculdade Izabela Hendrix pelos presidentes das associações dos bairros destacam-se a vistoria da barragem Santa Lúcia e do córrego do Leitão.

Entretanto, em sua fala, o presidente da Associação do Bairro Santo Antônio e Comerciantes, Gabriel Coutinho, reforçou o pedido de isenção do IPTU dos danificados e a liberação do FGTS das pessoas atingidas.

"Queremos que a PBH explique como é o trâmite para pedir a isenção, além disso, sugiro a criação de um grupo com técnicos para atestar a estabilidade da barragem", pediu.

O setor jurídico da Amalou respondeu às dúvidas dos participantes e explicou como os atingidos podem tentar a isenção do imposto.

Sobre a isenção de IPTU, a PBH diz que já há previsão para a isenção do imposto, e que o FGTS é questão federal. A prefeitura diz ainda que vistorias já foram feitas na barragem e no córrego, e que outras serão feitas.

Em texto publicado no site da PBH, é explicado que a isenção do IPTU depende de laudo da Defesa Civil e comprovação dos prejuízos sofridos Prejuízos futuros

"Nossa preocupação é que o bairro de Lourdes, que é a região boêmia de BH, vire Macacos, porque o comércio está parado", disse um comerciante da região.

Segundo os lojistas presentes na reunião, nos dias seguintes a chuva, o comércio ficou praticamente parado.

Joel de Souza da CDL, que esteve presente na reunião, falou que órgão se solidariza com os atingidos.

"Percorremos pela avenida Prudente de Morais, pela ruas do centro e vimos que foram mais de 2500 lojistas atingidos", disse.

Acompanhamento

"A reunião tratou de vários aspectos e foram criadas algumas medidas a serem apresentadas aos poderes", disse a deputada estadual Ana Paula Siqueira (Rede), que participou da reunião.

A deputada também falou sobre uma força-tarefa que será executada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).