A Associação de Amigos do Bairro Belvedere (AABB) vai retomar, com a campanha “Não dê esmolas. Dê cidadania a uma criança”.
A segunda fase deverá seguir os mesmos critérios da anterior, realizada no ano passado, de conscientizar a população sobre a importância de não dar esmolas, e sim oferecer educação e cidadania. Durante o Natal e no período de férias houve um aumento do número de menores em mendicância na região. Em vários pontos do bairro, principalmente, nas imediações da praça Marcelo Góes Menicucci e nas portas de bancos e restaurantes, a presença de menores pedindo dinheiro e comida tem sido rotineira em longos horários do dia.
Segundo informou o presidente da AABB, alguns moradores reclamaram junto à Associação sobre a maneira como estão sendo abordados pelos menores. Em alguns casos, até com ameaças para que sejam oferecidos dinheiro ou comida nas entradas dos restaurantes. Os relatos são de que muitos menores debruçam sobre os vidros para enxergar o que tem dentro do carro na tentativa de conseguir algo em troca do dinheiro não ofertado. Ou se mostram agressivos e usam palavrões quando nas portas de restaurantes quando não são atendidos pela população.
O presidente da AABB, Ubirajara Pires disse que a campanha tem por objetivo “conscientizar a população a não dar dinheiro e não comprar produtos vendidos por essas crianças e adolescentes nos semáforos do bairro. Uma ação nesse sentido foi realizada no ano passado mostrando que o lugar das crianças e jovens não é na rua e sim nas escolas. Na ocasião, motoristas e pedestres foram abordados pela equipe de apresentação da campanha e receberam um flyer explicativo sobre a importância da participação e comprometimento de todos nessa ação de cidadania.”
Ainda segundo ele, além de estarem fora das escolas onde estariam aprendendo e também praticando esportes, “as crianças e adolescentes, ao mendigarem nas ruas, estão mais vulneráveis, expostos a riscos e danos à sua saúde, desde atropelamentos, drogas, assédio, longa exposição ao sol, entre outros”, explicou. Moradores que foram abordados com ameaças pelos menores, receosos de serem identificados, disseram à entidade que há ainda outra forma de ajudar. Eles querem que a AABB busque ajuda ao município para identificar essas crianças e adolescentes e permitir a sua inserção em programas sociais e de educação voltados para infância.
Fonte: https://www.jornalbelvedere.com.br/index.php/estilo/cidade/item/1401-nao-de-esmolas-de-cidadania-a-uma-crianca
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