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Diretoria da Associação dos Amigos do Bairro Belvedere (AABB) pede apoio e incentivo por parte de moradores e associados para continuar o trabalho, as benfeitorias e manutenção no bairro.
Criada há 12 anos, com o intuito de defender os interesses da comunidade com dedicação e empenho, e visando à manutenção da qualidade de vida de todos, a Associação dos Amigos do Bairro Belvedere (AABB) corre o risco de encerrar suas atividades em dezembro desse ano. O motivo: falta de apoio e incentivo por parte de moradores e associados. Considerada entidade de utilidade pública comunitária e reconhecida pelo município de Belo Horizonte, a AABB vem lutando, desde a sua criação, para receber a adesão por parte de condomínios – residenciais e comerciais -, através da participação como associado. Sem avistar uma saída para o problema, a associação, através de toda a sua diretoria, clama talvez pela última vez por ajuda: “Será que há interesse para que permaneçamos com as portas abertas?”
Nos últimos anos, as demandas aumentaram e as adesões não acompanharam na mesma proporção do número de novos condomínios instalados. Com isso, a entidade vem lutando para manter suas atividades. “A associação precisa do apoio de moradores, através da participação de seus condomínios, para continuar o seu trabalho bem como para manter os serviços que são realizados pelos profissionais contratados. Ela também é uma atividade que envolve vidas, demandas e necessidades. Atualmente, possui quatro funcionários trabalhando diariamente para oferecer serviços que são percebidos por toda a coletividade. É a AABB que cuida da Lagoa Seca, faz poda e capina do mato, troca de lâmpadas queimadas, consertos em calçadas, oferecendo mais conforto a todos os moradores. Sem falar nas lutas que abraçamos para melhoria do trânsito, da segurança e do lazer de todos”, desabafa Ubirajara Pires Gloria.
Melhoria do bairro
No dia a dia, a AABB luta para não permitir a presença de ambulantes e pedintes e qualquer tipo de atividade ilegal no bairro. Também desenvolve ações para a melhoria do bairro, através de reuniões junto à Promotoria Pública, à BHTrans e Copasa, Cemig, Ibama, Comam e, principalmente, junto à Polícia Militar. Como exemplo importante e recente conquista, vale a ressaltar a ação movida através do Ministério Público para as contrapartidas dos impactos ambientais da expansão do BH Shopping e dos empreendimentos do Vila da Serra e Vale do Sereno, que culminou com a construção da trincheira recém inaugurada. Todo o trabalho é realizado de forma voluntária pelo presidente e pela diretoria, que não medem esforços para abraçar causas e defender os direitos de toda a coletividade, sem nada ganhar ou pleitear para si próprios.
Segundo destacou o presidente, a AABB realizou diversas reuniões com autoridades municipais, estaduais e federais, instituições e empresários na busca de melhorias para a região. A entidade realizou ainda campanhas educativas com o objetivo de esclarecer a comunidade do Belvedere sobre a lei de ocupação do solo, impostos, o trânsito, a utilização da orla da lagoa e ruas para a prática de corridas, para cuidados e obrigações com animais, além de alertar sobre algumas práticas abusivas, entre outras.
Doações e ajuda
Agora, a diretoria clama pela última vez, que para esse trabalho continuar é preciso que todos os condomínios façam a sua parte tornando associados. “Nossa associação não visa fins lucrativos. Ela vive apenas da participação dos associados para conseguir cumprir com suas obrigações: folha de pagamento, obrigações trabalhistas, conta de luz, telefone, internet e condomínio, aluguel de sala, cesta básica e vale-transporte de funcionários e realizar os inúmeros serviços que realiza. Nos últimos anos, as contas vêm aumentando o valor arrecadado não cobre as despesas. E, para manter tudo isso e não deixar faltar nada, como o salário do pai de família que trabalha de sol a sol limpando o mato da lagoa e fazendo consertos nas calçadas das ruas do bairro, por exemplo, sou obrigado a fazer aportes do meu próprio bolso. E isso a cada dia tem se tornado mais frequente, me obrigando a tomar uma decisão mais drástica. Por isso, se não houver a adesão imediata de todos os condomínios, não vejo outra saída senão encerrar as atividades”, desabafou Ubirajara Pires.
As doações e a ajuda dos associados e simpatizantes são muito simples, através do contrato de adesão por parte dos edifícios. A adesão é feita pelo condomínio, mas cada morador poderá questionar se seu condomínio é associado e solicitar a adesão através da assembleia de condomínio ou pessoalmente através de uma carta. O valor pago por associado é muito baixo. Para se ter uma ideia, apartamentos de até 190 m2 pagam mensalmente R$ 12,00. Acima de 190 m2 o valor arrecadado é de R$ 14,00.
Edifícios com mais de 100 unidades contribuem com R$ 3,00 por unidade e salas com R$ 3,00 cada uma. Ou seja, se o condomínio fizer a adesão, cada morador vai pagar um valor ínfimo se comparado ao valor de valorização de um imóvel que está lotado num bairro bem cuidado, que oferece mais qualidade de vida para os moradores. Imagine, como ficará a lagoa seca, a iluminação, as calçadas e as ruas do bairro sem o trabalho da associação!? Haverá lixo e mato na lagoa, e lixeiras no entorno transbordando, pois aquele é um terreno privado!
Diante de tantos benefícios e conquistas obtidas pela AABB, cabe aos condomínios apenas procurar a Associação de Amigos para celebrar os contratos de adesão. Afinal, o valor pago é irrisório, mas os ganhos para o Belvedere, através das ações participativas da Associação para a valorização do patrimônio coletivo, são muito grande. Seja um associado. Informe com o síndico se o seu edifício já fez a adesão e não deixe a AABB encerrar as suas atividades.
Fonte: Jornal Belvedere, nº 162, 25 de Abril a 10 de Maio 2013.
