Moradores reclamam do descaso da Copasa
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A questão do esgoto no Belvedere e região é muito questionada por todos os moradores e é tema de debates em várias reuniões das associações representativas.
Primeiro, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Vale do Sereno, onde um forte odor incomoda e prejudica até mesmo a saúde dos moradores, sem uma solução definitiva até o momento, embora houvessem várias promessas anunciadas pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais para resolver o problema.
Abandono da Copasa
Depois, a questão do esgoto que é lançado clandestinamente na Lagoa Seca, a bacia reguladora do bairro Belvedere, que atrai insetos, roedores e emana odores frequentemente. O esgoto lançado ali já foi motivo de reinvidicação de obras pelas associações representativas e de protestos de moradores do entorno e de outros que utilizam o local para a prática esportiva, de caminhadas e corridas. Também, é uma das grandes preocupações de todos com relação a dar lugar a criatórios do mosquito da dengue, por conter água parada, e de acúmulo de pernilongos. Aliás, ali são formadas nuvens desses mosquitos, que tiram o sono e a tranquilidade de quem adquiriu um imóvel na região. O lançamento de esgoto na lagoa é considerado um abandono da Copasa por parte da comunidade.
Principal área de lazer do Belvedere, a Lagoa Seca exala mau cheiro, segundo reclamação de moradores vizinhos e de frequentadores da praça. Quem usa o espaço com frequência, reclama que o esgoto reflui no local, jogando água podre e resíduos provenientes do esgoto por algumas ruas e pela galeria, deixando evidente de que a rede do bairro esteja sobrecarregada.
Os problemas começaram há cerca de seis meses, conforme relato do presidente da Associação de Amigos do Belvedere (AABB), Ubirajara Pires Glória: “E não atinge apenas a Lagoa Seca. De vez em quando, em várias ruas do bairro o esgoto sai pelas caixas da Copasa e corre pelo asfalto”.
Sem capacidade
Segundo Ubirajara Pires, que é engenheiro e especialista em planejamento de obras e participou de todo o loteamento do Belvedere, a rede de esgoto foi aumentada e alterada na Rua Elza Rodarte Brandão, onde inclusive há marcas no asfalto. “Trouxeram uma rede suplementar de alguma direção das casas e ligaram nesta rede, o que está provocando o aumento da vazão e o transbordamento de esgoto e resíduos nas ruas. Também, fizeram outra ligação que eu acompanhei e questionei o engenheiro da Copasa, trazendo uma rede da Praça Menicucci, na direção do BH Shopping, até a altura dos jardins da Praça da Lagoa Seca. E, isso está comprometendo e promovendo o estrangulamento da rede. As marcas dessas ligações estão no chão, no asfalto mal remendado deixado pelas empreiteiras da Copasa”.
Ubirajara Pires conclui: “Ou seja, estão aumentando o volume de esgoto no entorno da Lagoa Seca, sem dimensionar esta rede. Estou aqui desde 2000 como presidente da Associação e desde 1994 quando participei de todo o loteamento do bairro. Nunca tivemos problemas com o esgoto nas ruas, porque a rede foi planejada para receber a demanda dos edifícios. Agora, a Copasa está utilizando esta rede, para atender outras demandas, como o Vila da Serra, conforme a superintendente da empresa relatou, sem a devida capacidade para tal”, explicou o presidente da AABB.
Funcionários protestam na sede do Belvedere
Nas manhãs dos dias 20 e 21 de agosto, os funcionários da Copasa fizeram protesto em frente às instalações da empresa no Belvedere provocando uma série de transtornos para quem trafegava pela BR- 356. No dia 20 os grevistas seguiram pela BR até à sede da Copasa, no bairro Santo Antônio, e durante o trajeto Provocaram muitos engarrafamento nas ruas e avenidas da região Centro-Sul da Capital.
Na manhã do dia 21, os manifestantes se reuniram na BR-356, no bairro Belvedere, por onde ficaram até às 14 horas com palavras de ordem e apresentando as suas reivindicações trabalhistas. Os funcionários da empresa pedem melhoria salarial, ganho real de 3,85%; mudança de alguns critérios da política de gratificação de desempenho institucional; e a questão da diferença salarial entre trabalhadores da Capital e do interior, que ganham menos.
