Depois de pesquisar o que fazer para prevenir a possível presença do mosquito da dengue na Lagoa Seca, decidiu recorrer ao plantio de crotalária nos principais pontos próximos ao recebimento de água da lagoa. Segundo a AABB, foram comprados 5kg de sementes a serem plantadas nos próximos dias. “Decidimos por essa ação por ser natural e depois de conhecermos uma ação feita na cidade de Marília, no interior de São Paulo. A planta demora de 90 a 120 dias para crescer e produz flores amarelas, que atraem as libélulas. O mosquito Aedes aegypti procura água limpa e parada para por seus ovos, que logo viram larvas. As libélulas adultas se alimentam de pequenos insetos, como Aedes aegypti”, explica Igor Pires, diretor da AABB.
Ele ressalta, no entanto, que essa é uma solução paliativa. E que o controle deve ser feito por todos os moradores. “O importante é não manter água parada em casa e manter limpas as áreas comuns para evitar que o mosquito da dengue seja atraído para o local”, disse. Ainda segundo ele, a Prefeitura de Belo Horizonte já coletou amostras de água dentro da lagoa e não detectaram larvas, nem a presença do mosquito. Ou seja, será uma medida preventiva e paliativa.
A adoção dessa medida pela AABB é mais uma tentativa também de controlar a incidência dos pernilongos, que causam tanto incômodo aos moradores. A Lagoa Seca é uma bacia reguladora, construída para amortecer a água pluvial da região. No entanto, algumas pessoas conseguem fazer o despejo de águas sujas através da ligação de esgotos clandestinos. Frequentemente, são vistas grandes quantidades de água com sabão ou com resto de sujeira de obras ou de minério. Mas, infelizmente, fica impossível descobrir a origem dessas ligações clandestinas.